-------------- Sansão e os Filisteus ----------- P/05
Sansão responde com a maior naturalidade como se tivesse falando a verdade; se me amararem com sete varas de vime fresco, que ainda não estiverem secos, então me enfraqueceria, e seria como a qualquer outro homem.
Então os príncipes dos filisteus lhe trouxeram as sete varas; e como Sansão havia falado, foi amarrado com elas.
Se divertindo à custa de Sansão, achando que desta vez havia pegado Sansão; e
Dalila estava com eles, torcendo para que tudo acabasse logo e pudesse
ter a certeza de que finalmente estaria rica.
Então ela lhe disse: os filisteus vêm a ti, Sansão; e mais uma vez fica decepcionada, pois Sansão sai das amarras, quebrando as varas de vime, como se quebra o fio da estopa ao cheiro do fogo.
Assim sendo mais uma vez não conseguiram ver e nem saber de onde vinha sua imensa força; decepcionada Dalila na intenção de comover Sansão veio toda carinhosa mostrando um falso interesse por ele, dizendo que o considerava tanto, e, no entanto ele estava zombando dela e mentindo, e reforça o seu pedido para que lhe contasse de onde vinha sua força.
“Cada um fala com falsidade ao seu próximo: fala com lábios lisonjeiros e coração dobrado”
--- Salmo 12 v 2 --- “Graças, porém a Deus que em Cristo sempre nos conduz em triunfo”
--- 2ª Coríntios 2 v 14 ---
E ela percebe que ele estava se envolvendo cada vez mais e que seus planos estavam dando certo; e arrisca mais uma tentativa.
E da mesma maneira que antes ela tenta seduzi-lo, com a mesma lamúria, dizendo que ele estava zombando e mentindo pra ela, e com mais veemência implora para que Sansão lhe dissesse de onde vinha sua força.
E disse ele, se me amarrares fortemente com cordas novas, que ainda não foram usadas em serviços algum, então me enfraqueceria, e seria como a qualquer outro homem.
Tal como Sansão disse, foi providenciado às tais cordas, e amarraram-no fortemente, e Dalila, como das outras vezes estava acompanhada de seus seguranças, tendo quase a certeza de que Sansão não ia revelar o seu segredo, fala desiludida; os filisteus vêm sobre ti Sansão.
E não deu outra, como de antes, nem mesmo as cordas novas foram suficientes para segurar Sansão, pois as cordas pareciam mais fios de tecer, fraca e sem nenhuma resistentência.
Decepcionada, Dalila faz as mesmas reclamações, tenta mais uma vez seduzi-lo, e ele por sua vez, mais uma vez a engana, dizendo; se teceres sete tranças dos cabelos da minha cabeça com os liços da teia.
Terão total domínio sobre mim; passado algum tempo, nestas alturas dos acontecimentos, Sansão adormece, e ela aproveita a oportunidade para amarrar bem apertada as tranças de Sansão em uma estaca.
Naturalmente deveria esta estaca estar bem próximo a sua cabeça, depois de constatar que ele estava bem amarrado, Dalila, diz: os filisteus vêm sobre ti Sansão.
E assim despertou do seu sono, e arrancou a estaca das tranças tecidas com o liço da teia, *liços da teia são fios de linho fortes tecidos e formando uma grossa corda, tecido juntamente com os cabelos de Sansão, amarrados na estaca*
Amargurada, vendo que a fortuna prometida poderia se perder ela reclama: como dirás; tenho-te amor não estando comigo o teu coração? Já por três vezes zombaste de mim, e ainda não me declaraste em que consiste a tua força.
Esta insistência permaneceu por vários dias, e Sansão de tanto ser molestado por ela, a sua alma angustiou-se até a morte.
Tem um ditado que diz: água mole em pedra dura, tanto bate até que fura; e com Sansão não foi diferente, com tanta insistência, Sansão acaba cedendo e diz-lhe toda verdade que ela queria ouvir.
Nunca subiu navalha em minha cabeça, porque sou nazireu de Deus, desde o ventre de minha mãe. *nazireu = escolhido de Deus, para lutar pelo seu povo*
Se vier ser raspado; toda minha força se acaba, e naturalmente ficarei fraco, e serei como a qualquer outro homem.
--- EJO ---- Continua
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